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Já terminaram as gravações de "A Vida Privada de Salazar"

A SIC já terminou as gravações do formato que quer dar a conhecer mais aos portugueses sobre o homem que liderou o País entre 1933 e 1968. Com Diogo Morgado como protagonista e Soraia Chaves na pele da astróloga Maria Emília Vieira, a história não tem data de estreia
SIC aposta em reconstituição histórica
Parecia ser mais um dia normal na vida de Salazar, mas quando saiu do carro em que seguia, foi por uma questão de centímetros que não morreu, vítima de um atentado à bomba. Foi esta a última cena a ser filmada para a minissérie da SIC A Vida Privada de Salazar, ontem, em Lisboa.
O actor Diogo Morgado dá vida a uma das personagens mais marcantes da história recente de Portugal: o homem que governou o país durante quase 40 anos. E o actor sentiu esse peso: "Este é o papel de maior responsabilidade que fiz até hoje, não só a nível histórico, mas por representar um pessoa que não foi comum, que teve um percurso peculiar. E por ter sido tão marcante na história portuguesa."
Como foi, então, recriar António de Oliveira Salazar? "Houve coisas difíceis de compor. A nível emocional, é uma personagem muito fria. Isso deu-me uma certa liberdade, porque a emotividade tende o ser o que é mais difícil para um actor interpretar. Ele era uma pessoa muito inteligente, e como tal lidava com os sentimentos de forma muito racional", esclareceu. Além disso, as dificuldades foram também físicas. Todos os dias, enquanto representou o Presidente de Conselho de Ministros, já envelhecido, Diogo Morgado teve de passar três horas sentado na cadeira da caracterização. Num processo que descreve como "penoso", a pele da cara era esticada, a maquilhagem para o envelhecer aplicada, e "o cabelo levava uma massa para ficar com aspecto de careca, para depois ser aplicada a peruca", explicou.
A minissérie ficou ontem concluída com as gravações finais que decorreram na Rua do Jau, em Lisboa. E todos os pormenores foram pensados. Para tentar recriar o atentado anarquista de 4 de Julho de 1937, que correu durante a Guerra Civil Espanhola, uma equipa especialista em explosivos foi responsável por reproduzir, de forma controlada, a tentativa de atentado.
Salazar saiu do carro para visitar um amigo e, nesse momento, uma bomba explodiu perto da viatura. No entanto, o carro onde o governante seguia não parou onde os autores do atentado esperavam. E Salazar não só sobrevive como não fica, sequer, ferido. Caído no chão, depois da violência da explosão, levanta-se, sacode a roupa, e volta a caminhar.
Ainda não há data marcada para se poder ver o resultado final no pequeno ecrã. A minissérie da SIC, que deverá ser transmitida até ao final do ano em dois episódios de 90 minutos, pretende dar a conhecer mais sobre Salazar, não só como estadista, mas também como homem.
Diogo Morgado destacou, ainda, a importância histórica do formato. "Espero que as pessoas fiquem a saber mais, porque estão reunidos um conjunto de pormenores que a maioria das pessoas desconhece", concluiu o actor, admitindo também estar agora melhor informado sobre a história de Portugal.

 

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